quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A Inusitada Badida



Surrealismo notável

Cearense e predestinada! Desde muito cedo, a artista plástica Badida tinha um caminho a trilhar: tornar-se uma perita em arte surrealista. Hoje, é uma das mais respeitadas no Brasil. O universo interior de Badida é povoado por fábulas, e estas são transportadas para as obras (pinturas, instalações, objetos, e tantas outras manifestações) que produz. Mas a artista está sempre estudando e pesquisando para aprimorar o tipo de arte que desenvolve.

O Ateliê de Badida ou Marisa Moreira da Costa Campos (nome de batismo) fica em Recife – cidade conhecida como celeiro de muitos outros artistas de renome nacional e internacional. Dona de um estilo próprio bastante marcante, seus apreciadores reconhecem qualquer de suas obras a quilômetros de distância, mesmo sem estar "assinada". Para a artista “talento é algo nato, mas técnica só se adquire com conhecimentos”, ressalta. Formada pela Escola de Belas Artes do Recife, Badida também dá aulas no Ateliê Hobby Mania situado à rua Malaquias, 77, no bairro dos Aflitos, e diz ter conquistado a credibilidade de todo tipo de público.

As obras de Badida não possuem determinados recursos de exibição como a vernissage, o qual consiste num banho de verniz na tela ao final do trabalho - comum nas produções de muitos pintores. Sua criatividade deixa as pessoas perplexas, no melhor sentido da palavra. E no quesito instalação, a artista também dá um show a parte ao impressionar pela ousadia, beleza, técnica e sensibilidade. Só para ilustrar: na casa-ateliê da artista, mais precisamente na sala, há uma coluna de livros que do chão ao teto. “Criei essa exibição para simbolizar a importância da leitura”, que para a artista é a arte maior.

A artista diz adorar pintar quadros, criar objetos inusitados, mas confessa que a grande paixão da vida, é mesmo a literatura: “os livros são a sustentação para a minha vida e considero a literatura a arte de todas as artes", completa. Pois é... quem for a Recife passe pela rua Rosa e Silva e a procure no prédio de número 1455. Com certeza, no mínimo, o dia será inesquecivelmente poético.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Pracinha de Boa Viagem


Grupo Fim de Feira
Foto: Andréa Rêgo Barros/Divulgação

Oh forró bom danado!

Por Lara Amorim

A Pracinha de Boa Viagem é parada certa pra quem vem ao Recife. Localizada próxima à praia do bairro, nela funciona, todos os dias da semana, a partir das 14h, uma feirinha com produtos artesanais e comidas típicas. O turista que for ao local vai encontrar, nas 216 barracas, produtos como renda, porta-retratos, bijuterias, camisas com frases temáticas e souvenires da cidade, ao mesmo tempo em que desfrutará de deliciosas tapiocas, acarajés, canjicas e milho verde. No centro da praça se encontra uma bela igreja católica que também pode ser visitada.

Quem for à pracinha às quintas-feiras também poderá assistir à apresentações de bandas forró pé-de-serra. Denominada Pracinha do Forró o projeto faz parte das atividades do “Ano do Turismo no Recife”, promovido pela Prefeitura da cidade, que visa estimular o turismo local. As apresentações acontecem sempre a partir das 19h com acesso livre e gratuito para o público. As apresentações da Pracinha do Forró tiveram início no dia 25 de outubro com a banda Fim de Feira.

O grupo existe desde 2004 e toca música regional misturada a poesia nordestina e cantoria de viola. O vocalista Bruno Lins afirma que essa iniciativa da Prefeitura é muito boa e o grupo ficou muito feliz em ter participado da abertura do projeto: “Pra gente foi muito importante por que é mais um espaço que se abre pra divulgação das bandas locais já que é tão difícil mostrar música de qualidade nas rádios e televisões. O fundamental desse projeto é que todo o publico pode ter acesso a essas músicas gratuitamente”.


Fica então a dica: Vá até a Pracinha de Boa Viagem conferir os produtos oferecidos pela feirinha, desfrutando uma deliciosa tapioca ao som de um forrozinho pé-de-serra danado de bom.

Serviço
Onde: Feirinha de Boa Viagem
Endereço: Nas imediações da Av. Conselheiro Aguiar e Rua Barão de Souza Leão, em Boa Viagem.
Quando: Todos os dias a partir das 14h.

O Projeto Pracinha do Forró acontece às quintas-feiras, a partir das 19h.
Contato: (81) 3325.2204

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O Xinxim da Baiana



Um pedaço da Bahia em Olinda!

Por Camila Nóbrega

Para quem gosta de uma boa comida da Bahia a opção não está somente nas feirinhas ou ladeiras de Olinda. O restaurante Xinxim da Baiana é o local ideal para saborear um bom acarajé, caldinhos e, claro, o xinxim de galinha. E se engana quem pensa que a culinária servida é uma mera imitação da comida baiana. O restaurante é comandado por Silvana, nascida na Bahia e que já trabalha no Xinxim há 17 anos.

O local é super agradável: mesinhas são colocadas do lado de fora e o interior do ambiente é decorado com motivos baianos e influência do Candomblé. O preço dos pratos também é atraente. Três pessoas podem saborear e comer bem o xinxim por apenas R$ 15,00, ou comer um autêntico acarajé por R$ 3,00. Silvana chama a atenção para o diferencial de sua culinária. "Aqui a gente frita o acarajé no óleo de dendê, e não em óleo comum como é vendido na maioria dos lugares por aí", afirma. Além disso, o restaurante não cobra os 10%.

Para quem não conhece, o xinxim de galinha é um prato com influência negra e típico da culinária da baiana. A receita tem ingredientes como o óleo de dendê, castanhas, limão e temperos diversos. Segundo a religião Candomblé, o prato é uma oferenda para Oxum, a deusa das águas.
Nas quartas-feiras a irreverência rola solta no ambiente. É que a partir das 23hs tem forró no local, com o cantor Cláudio da Rabeca e o Quarteto Olinda. A entrada custa R$ 4,00. "É massa a animação por aqui nas quartas. A galera se empolga, faz até quadrilha", conta Silvana.

O Xinxim da Baiana fica na Avenida Sigismundo Gonçalves, número 742, Praça do Carmo, Olinda. (Ao lado do Clube Atlântico. O restaurante funciona de terça à domingo, a partir das 18h.


Serviço:
Onde: Av. Sigismundo Gonçalves, número 742, Pça do Carmo, Olinda. (Ao lado do Clube Atlântico).
Quando: De terça-feira à domingo, a partir das 18h.

Ano do Turismo no Recife

Fonte: Site da Prefeitura do Recife

Programação das atividades do Ano do Turismo no Recife

Nas comemorações do Ano do Turismo no Recife, a capital pernambucana está cheia de programações especiais até o dia 27 de setembro do ano que vem!

Confira agora a programação para todos os dias da semana:

- Diariamente:
Frevo no Marco Zero – bandas de frevo na Praça do Marco Zero se apresentam das 8h30 às 10h30
Academia do Frevo: bandas de frevo itinerantes de apresentam na orla do bairro de Boa Viagem de segunda a sexta, das 19h30 às 21h30 e aos sábados e domingos, das 12h às 14h.

- Domingos:
Cirandando – a ciranda comanda animação na Praça do Marco Zero a partir das 17h
Forró de Arlindo dos Oito Baixos – o arrasta-pé começa partir das 17h, na casa de Arlindo. Av.Hildebrando Vasconcelos, 2900, Dois Unidos.

- Segundas:
Frevo de Bloco no Cais – blocos de frevo se apresentam no Cais da Alfândega (Recife Antigo), a partir das 18h.

- Terças:
Samba-Choro na Moeda – shows de Chorinho e Samba agitam a galera na Rua da Moeda (Recife Antigo), começando às 18h30.

- Quartas:
Cubana Eletrônica – a vibe da Rua Tomasina (Recife Antigo) é comandada por DJs, a partir das 21h.

- Quintas:
Pracinha do Forró – um forrozinho danado de bom anima os visitantes na Praça de Boa Viagem, a partir das 19h.

- Sextas:
Carnaval é na Rua – agremiações carnavalescas se concentram na Rua da Moeda (Recife Antigo) e desfilam pelas ruas da cidade a partir das 20h.

- Sábados:
Bambas e Mestres – grupos artísticos itinerantes se apresentam pelos mercados públicos do Recife, a partir das 12h
Mercado de Casa Amarela – 1º sábado de cada mês
Mercado da Encruzilhada – 2º sábado de cada mês
Mercado da Boa Vista – 3º sábado de cada mês
Mercado da Madalena - 4º sábado de cada mês.

Qualquer dúvida, consulte os pontos de informação turística:
Disque Recife Turismo – (81) 3232.8409
Aeroporto (24h) – (81) 3232.3594 / 3462.4960
Bairro do Recife – (81) 3232.2942
Praça de Boa Viagem – (81) 3325.2204

Kahal Zur Israel: a sinagoga mais antiga das Américas


Uma visita à Sinagoga

Por Carla Lyra

Em uma das belas construções localizadas na antiga Rua dos Judeus e atual Rua do Bom Jesus, no coração do Bairro do Recife, lê-se Sinagoga Kahal Zur Israel. Traduzindo do original escrito em hebraico, o nome quer dizer Comunidade Rochedo de Israel, em referência aos arrecifes de corais que cercam a cidade do Recife.

Com uma breve existência, a sinagoga foi extinta em 1654, ano em que os holandeses se renderam e os portugueses conseguiram reaver a posse da capitania. Neste período, estabeleceu-se um prazo para que os judeus saíssem das terras então pertencentes aos católicos. Se eles ficassem, seriam novamente perseguidos pela inquisição, então partiram e se espalharam pela América Central, principalmente nas Ilhas do Caribe, outros voltaram para Amsterdã, e três famílias judias chegaram a Nova York, (chamada antigamente de Nova Amsterdã) formando uma das comunidades judaicas mais expressivas atualmente.

Histórias como essa, e outras igualmente interessantes, podem ser conferidas durante a visitação. Atualmente, lá funciona o Centro Cultural Judaico de Pernambuco. Ao todo, o museu tem cinco exposições, mais o resultado da prospecção arqueológica e reconstituição do templo -que não é igual ao original do século XVII porque não se tem desenhos do interior da sinagoga da época.

O Arquivo Histórico Judaico funciona no último piso do Centro, onde ficam disponíveis um banco de dados, imagens, arquivos com papéis e documentos do período. Quem administra é a Federação Israelita de Pernambuco, sob a presidência de Ivan Kelner.


Serviço
Onde: Sinagoga Kahal Zur Israel. Rua do Bom Jesus, número 197, Bairro do Recife.
Quando: Terça a Sexta: 9h às 17hs / Sábados e domingo: 15h às 19hs
Quanto: A entrada custa R$ 4,00, e R$ 2,00 para estudantes.
Contato: (81) 3224.8351

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Tapioca é Patrimônio Imaterial!

A deliciosa tapioca de Olinda

Por Viviane de Souza

Tipicamente brasileira, a tapioca é uma comida à base de mandioca e côco, de origem tupi-guarani. Segundo historiadores, o Nordeste brasileiro absorveu bem essa iguaria pelo fato de ter desenvolvido uma cultura de subsistência baseada, é claro, na mandioca. Em Pernambuco, existem inúmeros pontos de venda, mas foi no Alto da Sé, em Olinda, que ela se tornou uma característica local.

Em 2006, a Prefeitura e o Conselho de Preservação do Sítio Histórico de Olinda concedeu a essa comida, o título de Patrimônio Imaterial e Cultural da Cidade. Lá, também existe uma associação destinada especialmente às tapioqueiras, funcionando há cerca de 5 anos. Apesar do curto tempo de existência da associação, a tradição é realmente forte na região, especialmente na pele de uma das mais antigas tapioqueiras do local: Dona Lú, de 81 anos. Ela faz tapiocas há meio século, e passou o conhecimento para as suas 3 filhas, que trabalham com ela.

Dona Lú já ganhou mais de dez títulos pela revista Veja Recife, como a melhor tapioca da Cidade. No quiosque dela, além da tapioca tradicional, feita com côco, também encontramos outras variantes: com queijo, charque, carne, banana, doce de leite e até chocolate.

No século XVI foram criadas as casas de farinha, o que popularizou ainda mais a mandioca. Dados históricos afirmam que a tapioca originou-se da necessidade de diminuir o tamanho do beiju, para que ele pudesse ser cozido no fogão. Quando espalhado em uma panela aquecida, ele coagula, formando uma espécie de panqueca. A tapioca tradicional é recheada com côco ralado, mas existem outras variantes de fazer você "comer rezendo".


Aprenda a fazer a legítima tapioca de Olinda:

Ingredientes:
- ½ quilo de farinha para tapioca (beiju)
- Água o suficiente para dar o ponto
- sal a gosto

Modo de Preparo:
- Numa tigela, coloque o polvilho e vá adicionando a água até cobrir e ficar dois dedos acima. Deixe de um dia para o outro. Retire toda a água com a ajuda de um pano limpo, sem deixar excesso. Vai ficar parecendo um bloco.
- Esfarele essa massa com as mãos. Passe pela peneira e acrescente o sal. Numa frigideira anti-aderente, modele a tapioca como uma panqueca. Quando estiver pronta, a massa estará unida. Não deixe escurecer.
- Vire rapidamente e deixe secar do outro lado. A tapioca deve ser retirada do fogo ainda branquinha. Recheie a gosto. Em Olinda, os recheios mais usados são manteiga, queijo coalho e côco ralado.

Bom apetite!

Capibar

Opção de Lazer às Margens do Capibaribe

Por Lara Amorim

Um ótimo lugar para se apreciar uma cervejinha gelada e uma bela vista. Localizado no bairro de Casa Forte, o Capibar funciona há mais de 10 anos, e foi fundado por Socorro e André Catanhede, idealizadores do Recapibaribe - projeto que visa conscientizar os cidadãos sobre a importância da preservação do Rio.

O bar funciona na própria casa do casal, à beira do rio Capibaribe. O lugar é ideal para quem quer curtir uma boa música de diferentes estilos: pop-rock, reggae, forró pé-de-serra e ritmos regionais. Bandas como Delrey, Autoramas, Volver, Forró Chic Chic, Astronautas e Sistema Paralelos, fazem shows nos finais de semanas.

Além de desfrutar de diferentes opções gastronômicas, quem for ao estabelecimento recebe também uma aula visual de reciclagem e ecologia. A decoração do ambiente, que é feita com os mais variados materiais retirados do rio, desde garrafas PET, tampas e latinhas à televisões e geladeiras, funciona também como uma forma de protestar contra a poluição do Capibaribe. O objetivo é conscientizar os cidadãos que por lá passam.

O Capibar é também palco para discussões sobre o Capibaribe e sua revitalização. Durante o dia o casal recebe alunos de diferentes escolas e os ensinam sobre a importância do Rio e sua preservação.

Serviço
Onde: Rua Tapacurá, número 101, Casa Forte, Recife
Quando: de terça a sexta-feira, das 16hs à 01h; sábados e domingos a partir das 13hs.
Contato: 3268-2643

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Onde se Hospedar



Hotéis e pousadas para se hopedar em Olinda

Albergue de Olinda
Onde: Rua do Sol, 233, Carmo - Olinda - PE
Quanto: diárias a partir de R$25
Reservas: (81) 3429.1592 ou alberguedeolinda@alberguedeolinda.com.br

Pousada do Fortim
Onde: Rua do Sol, 151, Carmo - Olinda(PE)
Quanto: diárias a partir de R$35
Reservas: (81)3429-1939 ou pousadadofortim@yahoo.com.br

Hotel Pousada dos Milagres
Onde: Rua Manoel Borba, 235, Varadouro - Olinda(PE)
Quanto: diárias a partir de R$40
Reservas: (81) 3493-9703 ou posadamilagres@bol.com.br

Costeiro Olinda Hotel
Onde: Av. Ministro Marcos Freire, 681, Bairro Novo Olinda/PE
Quanto: diárias a partir de R$60
Resrevas: (81) 3429-4877 ou costeiro@costeiro.com.br

domingo, 18 de novembro de 2007

O Recife de Dentro para Fora


O passeio de Catamarã pelo Rio Capibaribe

Por Camila Nóbrega

Cartão postal do Recife, o Rio Capibaribe não é somente para apreciação. O ponto turístico da cidade torna-se via de história, beleza e conhecimento no passeio de Catamarã oferecido pelo bar e restaurante homônimo, localizado no Forte das Cinco Pontas.

O passeio começa na chegada ao Bar e Restaurante Catamarã, de onde sai o barco e onde compramos o ingresso: R$ 22,00 por pessoa. Caso você vá com um grupo de 10 pessoas ou mais, é dado um desconto de 10%. As crianças de até cinco anos não pagam e para as que têm até 10 anos o valor é cobrado pela metade.

O passeio, que percorre seis pontes e as três ilhas do Recife, dura em média uma hora e quinze minutos. O catamarã sai da Baía do Pina, em direção ao Parque das Esculturas de Brennand, onde 80 obras do artista pernambucano estão expostas. Neste momento os navegantes avistam também a primeira ilha do Recife: a ilha do Recife Antigo, onde está o Marco Zero da cidade. Um pouco depois o passeio começa pra valer, quando passamos por baixo da primeira ponte, a 12 de Setembro, mais conhecida pelos recifenses como Ponte Giratória. Entramos, então propriamente, no Rio Capibaribe.

É o Capibaribe quem nos guia pelo que há de mais característico na cidade. Vamos vendo e aprendendo locais importantes para a história do lugar, como o atual prédio do Fórum Thomaz de Aquino, onde na década de 50 fez sucesso o Grande Hotel, freqüentado por pessoas importantes da sociedade pernambucana; A Igreja Madre de Deus; e o edifício Chanteclair, onde abrigou a primeira boate do Recife.

Passamos então pela segunda ponte, a Maurício de Nassau, e pela terceira, a Manuel Buarque de Macedo. Aí já avistamos outra ilha do Recife, a Ilha de Santo Antonio, onde estão a Praça da República, o Palácio da Justiça, o Palácio do Governador – ou Palácio do Campo das Princesas - e outro cartão postal da cidade, o Teatro de Santa Isabel, construído em 1850. O Rio encontra-se com outro famoso companheiro, o Rio Beberibe, que vem das águas de Olinda, cidade que avistamos ao longe. É quando fazemos a curva em direção a terceira ilha do Recife, a Ilha da Boa Vista, e a outras pontes que caracterizam a cidade como a Veneza Brasileira: Ponte Princesa Isabel, Duarte Coelho e a famosa Ponte da Boa Vista, mais conhecida pelos recifenses como Ponte de Ferro, por ser construída toda em ferro inglês no século XIX.

Neste ponto o catamarã dá meia volta e segue o fim do passeio. Vamos percorrendo novamente os pontos pelos quais passamos e mais histórias nos vão sendo contadas, fatos sendo revelados. Vamos nos despedindo do trajeto com uma bagagem cheia de histórias para contar sobre uma cidade que se fez e se faz sobre as águas do Capibaribe.

Serviço
Onde: Bar e Restaurante Catamarã. Av. Sul, Cais das Cinco Pontas.
Quando: de segunda à segunda, às 16h e 20hs.
Reservas: (81) 3424.2845

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Mercado pra turista ver


Conhecendo o Mercado de São José

Por Carla Lyra

Inaugurado em 7 de setembro de 1875, o mercado de São José carrega o nome do bairro onde está localizado. Há mais de 130 nos, o lugar funciona como ponto turístico e atrai pessoas que buscam produtos variados. Com a estrutura toda feita em ferro importado da França, o mercado segue o modelo dos antigos mercados europeus. Foram feitas as devidas adaptações para o clima tropical do Recife, como as aberturas laterais para facilitar a ventilação.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN, o Mercado de São José foi o primeiro mercado público do Brasil e um exemplo de arquitetura típica de ferro do século XIX, com gárgulas adornando as extremidades do telhado.

Antigamente o espaço era palco para apresentação de artistas populares, mágicos e acrobatas. O comerciante Antônio Amorim, que trabalha há sessenta anos no mercado, relembra dos engolidores de fogo e facas que faziam a festa dos visitantes. Apesar de não haver mais esses tipos de atrações, o mercado conta ainda com figuras que fazem parte da história do lugar, como é o caso de dona Quitéria Maria da Silva, mais conhecida como a “deusa” do mercado de São José.

No terreno onde foi construído o mercado, funcionava antigamente o Largo da Ribeira do Peixe, um lugar destinado à venda de frutos do mar. Hoje, a oferta de peixes e crustáceos continua, mas na parte interna. Os produtos chegam fresquinhos no mercado: marisco, sururu, carne de siri, agulhinha e camarão são vendidos o ano inteiro e agradam o paladar dos turistas que chegam à procura de produtos diferenciados.

Nos 441 boxes internos e 106 externos, o público que vem ao mercado de São José encontra desde artesanato regional até comidas típicas, ervas medicinais e artigos para cultos afro-brasileiros. Cartão postal do Recife, o mercado é passagem certa para quem vem conhecer a cidade.

Serviço
Onde: Praça Don Vital, s/nº - bairro de São José
Quando: de segunda a sábado, das 6h às 17hs; aos domingos das 6h às 12hs.
Contato: (81) 2424-2322

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Para Apreciar Belas Obras de Arte


Uma visita ao ateliê de Tiago Amorim

Por Lara Amorim

Quem for a Olinda não pode deixar de visitar a casa-ateliê do artista plástico Tiago Amorim para conhecer suas belas obras e ainda apreciar a vista panorâmica da cidade. Ceramista, pintor, desenhista e escultor de renome nacional e internacional, a obra desse artista é mundialmente conhecida. Ao longo dos anos participou de diversas exposições, tanto no Brasil quanto no exterior, que lhe renderam premiações e honrarias como o “Cacique de Ouro” do Jornal do Commercio e a recente “Homenagem ao Mestre” do Primeiro Encontro Nacional dos Artesãos em Pernambuco, realizado no ano de 2006.

Às terças, quintas e sábados, Tiago ministra oficinas de arte e cultura para crianças carentes. Nesses mesmos dias seu ateliê é aberto para visitas do público. Apesar de ter suas obras expostas para venda em quatro galerias diferentes, Hotel Sete Colinas, Estação Quatro Cantos, Arte Plural e Arte na Barbearia, é em sua casa, através dessas visitações do público que o artista mais vende suas obras. “É engraçado mas vendo mais em casa que nas galerias. As pessoas que visitam meu ateliê se interessam e levam as obras. Recebo também muitas encomendas, principalmente para o exterior”, diz o artesão.

Pessoa muito simples e humilde, Tiago recebe com muita simpatia as pessoas que visitam seu ateliê. Vale a pena conhecer suas belas pinturas e esculturas que se encontram espalhadas ao longo de uma singela casa rodeada pela natureza.

Serviço
Onde: Rua Guainazes, número 141, Jardim Fragoso- Olinda/PE
Contato: 3429-1230
A entrada para conhecer o ateliê de Tiago Amorim é gratuita.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Do Marco ao Farol


Oi pessoal!
Bem vindos ao blog Do Marco ao Farol.
Aproveitem as dicas e sigam a gente para descobrir de um jeito diferente o Recife e Olinda, fugindo de tudo o que vocês já viram!
Descubram o que há além das pontes e ladeiras dessas cidades históricas.

Tenham uma boa viagem e curtam esta leitura.

Até mais!