terça-feira, 20 de novembro de 2007

Tapioca é Patrimônio Imaterial!

A deliciosa tapioca de Olinda

Por Viviane de Souza

Tipicamente brasileira, a tapioca é uma comida à base de mandioca e côco, de origem tupi-guarani. Segundo historiadores, o Nordeste brasileiro absorveu bem essa iguaria pelo fato de ter desenvolvido uma cultura de subsistência baseada, é claro, na mandioca. Em Pernambuco, existem inúmeros pontos de venda, mas foi no Alto da Sé, em Olinda, que ela se tornou uma característica local.

Em 2006, a Prefeitura e o Conselho de Preservação do Sítio Histórico de Olinda concedeu a essa comida, o título de Patrimônio Imaterial e Cultural da Cidade. Lá, também existe uma associação destinada especialmente às tapioqueiras, funcionando há cerca de 5 anos. Apesar do curto tempo de existência da associação, a tradição é realmente forte na região, especialmente na pele de uma das mais antigas tapioqueiras do local: Dona Lú, de 81 anos. Ela faz tapiocas há meio século, e passou o conhecimento para as suas 3 filhas, que trabalham com ela.

Dona Lú já ganhou mais de dez títulos pela revista Veja Recife, como a melhor tapioca da Cidade. No quiosque dela, além da tapioca tradicional, feita com côco, também encontramos outras variantes: com queijo, charque, carne, banana, doce de leite e até chocolate.

No século XVI foram criadas as casas de farinha, o que popularizou ainda mais a mandioca. Dados históricos afirmam que a tapioca originou-se da necessidade de diminuir o tamanho do beiju, para que ele pudesse ser cozido no fogão. Quando espalhado em uma panela aquecida, ele coagula, formando uma espécie de panqueca. A tapioca tradicional é recheada com côco ralado, mas existem outras variantes de fazer você "comer rezendo".


Aprenda a fazer a legítima tapioca de Olinda:

Ingredientes:
- ½ quilo de farinha para tapioca (beiju)
- Água o suficiente para dar o ponto
- sal a gosto

Modo de Preparo:
- Numa tigela, coloque o polvilho e vá adicionando a água até cobrir e ficar dois dedos acima. Deixe de um dia para o outro. Retire toda a água com a ajuda de um pano limpo, sem deixar excesso. Vai ficar parecendo um bloco.
- Esfarele essa massa com as mãos. Passe pela peneira e acrescente o sal. Numa frigideira anti-aderente, modele a tapioca como uma panqueca. Quando estiver pronta, a massa estará unida. Não deixe escurecer.
- Vire rapidamente e deixe secar do outro lado. A tapioca deve ser retirada do fogo ainda branquinha. Recheie a gosto. Em Olinda, os recheios mais usados são manteiga, queijo coalho e côco ralado.

Bom apetite!

Capibar

Opção de Lazer às Margens do Capibaribe

Por Lara Amorim

Um ótimo lugar para se apreciar uma cervejinha gelada e uma bela vista. Localizado no bairro de Casa Forte, o Capibar funciona há mais de 10 anos, e foi fundado por Socorro e André Catanhede, idealizadores do Recapibaribe - projeto que visa conscientizar os cidadãos sobre a importância da preservação do Rio.

O bar funciona na própria casa do casal, à beira do rio Capibaribe. O lugar é ideal para quem quer curtir uma boa música de diferentes estilos: pop-rock, reggae, forró pé-de-serra e ritmos regionais. Bandas como Delrey, Autoramas, Volver, Forró Chic Chic, Astronautas e Sistema Paralelos, fazem shows nos finais de semanas.

Além de desfrutar de diferentes opções gastronômicas, quem for ao estabelecimento recebe também uma aula visual de reciclagem e ecologia. A decoração do ambiente, que é feita com os mais variados materiais retirados do rio, desde garrafas PET, tampas e latinhas à televisões e geladeiras, funciona também como uma forma de protestar contra a poluição do Capibaribe. O objetivo é conscientizar os cidadãos que por lá passam.

O Capibar é também palco para discussões sobre o Capibaribe e sua revitalização. Durante o dia o casal recebe alunos de diferentes escolas e os ensinam sobre a importância do Rio e sua preservação.

Serviço
Onde: Rua Tapacurá, número 101, Casa Forte, Recife
Quando: de terça a sexta-feira, das 16hs à 01h; sábados e domingos a partir das 13hs.
Contato: 3268-2643

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Onde se Hospedar



Hotéis e pousadas para se hopedar em Olinda

Albergue de Olinda
Onde: Rua do Sol, 233, Carmo - Olinda - PE
Quanto: diárias a partir de R$25
Reservas: (81) 3429.1592 ou alberguedeolinda@alberguedeolinda.com.br

Pousada do Fortim
Onde: Rua do Sol, 151, Carmo - Olinda(PE)
Quanto: diárias a partir de R$35
Reservas: (81)3429-1939 ou pousadadofortim@yahoo.com.br

Hotel Pousada dos Milagres
Onde: Rua Manoel Borba, 235, Varadouro - Olinda(PE)
Quanto: diárias a partir de R$40
Reservas: (81) 3493-9703 ou posadamilagres@bol.com.br

Costeiro Olinda Hotel
Onde: Av. Ministro Marcos Freire, 681, Bairro Novo Olinda/PE
Quanto: diárias a partir de R$60
Resrevas: (81) 3429-4877 ou costeiro@costeiro.com.br

domingo, 18 de novembro de 2007

O Recife de Dentro para Fora


O passeio de Catamarã pelo Rio Capibaribe

Por Camila Nóbrega

Cartão postal do Recife, o Rio Capibaribe não é somente para apreciação. O ponto turístico da cidade torna-se via de história, beleza e conhecimento no passeio de Catamarã oferecido pelo bar e restaurante homônimo, localizado no Forte das Cinco Pontas.

O passeio começa na chegada ao Bar e Restaurante Catamarã, de onde sai o barco e onde compramos o ingresso: R$ 22,00 por pessoa. Caso você vá com um grupo de 10 pessoas ou mais, é dado um desconto de 10%. As crianças de até cinco anos não pagam e para as que têm até 10 anos o valor é cobrado pela metade.

O passeio, que percorre seis pontes e as três ilhas do Recife, dura em média uma hora e quinze minutos. O catamarã sai da Baía do Pina, em direção ao Parque das Esculturas de Brennand, onde 80 obras do artista pernambucano estão expostas. Neste momento os navegantes avistam também a primeira ilha do Recife: a ilha do Recife Antigo, onde está o Marco Zero da cidade. Um pouco depois o passeio começa pra valer, quando passamos por baixo da primeira ponte, a 12 de Setembro, mais conhecida pelos recifenses como Ponte Giratória. Entramos, então propriamente, no Rio Capibaribe.

É o Capibaribe quem nos guia pelo que há de mais característico na cidade. Vamos vendo e aprendendo locais importantes para a história do lugar, como o atual prédio do Fórum Thomaz de Aquino, onde na década de 50 fez sucesso o Grande Hotel, freqüentado por pessoas importantes da sociedade pernambucana; A Igreja Madre de Deus; e o edifício Chanteclair, onde abrigou a primeira boate do Recife.

Passamos então pela segunda ponte, a Maurício de Nassau, e pela terceira, a Manuel Buarque de Macedo. Aí já avistamos outra ilha do Recife, a Ilha de Santo Antonio, onde estão a Praça da República, o Palácio da Justiça, o Palácio do Governador – ou Palácio do Campo das Princesas - e outro cartão postal da cidade, o Teatro de Santa Isabel, construído em 1850. O Rio encontra-se com outro famoso companheiro, o Rio Beberibe, que vem das águas de Olinda, cidade que avistamos ao longe. É quando fazemos a curva em direção a terceira ilha do Recife, a Ilha da Boa Vista, e a outras pontes que caracterizam a cidade como a Veneza Brasileira: Ponte Princesa Isabel, Duarte Coelho e a famosa Ponte da Boa Vista, mais conhecida pelos recifenses como Ponte de Ferro, por ser construída toda em ferro inglês no século XIX.

Neste ponto o catamarã dá meia volta e segue o fim do passeio. Vamos percorrendo novamente os pontos pelos quais passamos e mais histórias nos vão sendo contadas, fatos sendo revelados. Vamos nos despedindo do trajeto com uma bagagem cheia de histórias para contar sobre uma cidade que se fez e se faz sobre as águas do Capibaribe.

Serviço
Onde: Bar e Restaurante Catamarã. Av. Sul, Cais das Cinco Pontas.
Quando: de segunda à segunda, às 16h e 20hs.
Reservas: (81) 3424.2845